
Shmirat HaLashon
Shmirat HaLashon é especialmente fundamental para nosso bem-estar espiritual. As pessoas que habitualmente falam lashon hará, e aceitam como um fato a maledicência dos outros, corrompem o seu poder do uso da palavra e de ser ouvidas neste mundo — e com certeza, as suas almas serão afetadas de maneira paralela, no mundo vindouro.

Todas as pessoas esperam e rezam para terem saúde, para que todos os órgãos do seu corpo funcionem como devem. De modo semelhante, deve ser a esperança e o desejo de toda pessoa que a sua alma, que vive eternamente, seja espiritualmente saudável. Portanto, é imperativo que lutemos durante toda nossa vida para respeitar fielmente as 613 mitsvot, que fornecem aos componentes da alma a vida e a vitalidade eternas.
Shmirat HaLashon é especialmente fundamental para nosso bem-estar espiritual. As pessoas que habitualmente falam lashon hará, e aceitam como um fato a maledicência dos outros, corrompem o seu poder do uso da palavra e de ser ouvidas neste mundo — e com certeza, as suas almas serão afetadas de maneira paralela, no mundo vindouro. Qual será o tamanho de sua vergonha no próximo mundo?! Pois é óbvio que, por tudo isso, as suas deficiências resultaram do pecado de lashon hará e por terem sido a causa de brigas neste mundo.
A Torá afirma: “E Hashem (D-us) formou o homem do pó da terra, e Ele instilou nas suas narinas a alma da vida, o homem tornou-se um ser vivo” (Gênesis 2:7). O Targum Onkelos traduz a última frase do versículo como “e o homem tornou-se um espírito falante”. É o poder da fala que define a essência humana, e distingue o homem das outras criaturas.
Assim dizem as Escrituras: “Aquele que proteger a sua boca e língua, estará protegendo a sua alma das aflições” (Provérbios 21:23). Shmirat Halashon é destacado porque a fala é a qualidade essencial do homem. A incapacitação desta aptidão deixa a alma desprovida de sua qualidade essencial no próximo mundo, e é a fonte de sua derradeira tribulação.
Portanto, David declara: “Qual é o homem que deseja vida, que ama os dias para ver o bem? Protege a tua língua mal, e os teus lábios contra a maledicência..”
Uma vez, um sábio em Torá colocou a seguinte questão: Se uma pessoa não conseguiu concentrar-se durante a recitação da oração Shemone Esre e já estiver chegando ao final dela, com qual abordagem pode inspirar-se para rezar o restante da oração com a devida concentração? O sábio ofereceu uma solução, sob forma de parábola:
Uma moça estava na praça do mercado, com uma grande cesta de maçãs para vender. De repente, veio um ladrão e começou a pegar maçãs da cesta. A moça ficou confusa e ficou ali parada, indefesa, sem saber o que fazer. Alguém que estava olhando à distância chamou-a: “Por que você fica quieta? O que você está esperando — que ele pegue todas as suas maçãs? Quando ele pegar uma, tente evitar, tudo o que você puder conservar continuará sendo seu!” O mesmo vale para a oração. Se você é vencido pela letargia e por pensamentos que não têm nada a ver como início de Shemoné Esrê, e de repente perceber que está chegando ao final da oração sem ter “guardado nenhuma maçã”, isso não quer dizer que você deva desistir, e ficar sem nada. Pelo contrário, você deverá lutar com toda a sua força interior para concentrar-se no restante das orações.
O mesmo aplica-se a Shmirat halashon. Você tropeçou, hoje de manhã, e falou algo proibido? Então prepare-se para, na tarde de hoje, vencer a sua inclinação para o mal e controlar-se de falar coisas proibidas. E se você falhar hoje à tarde, fortaleça-se para lutar a batalha mais uma vez, amanhã. Com certeza, Hashem o ajudará a ter sucesso, pois “àquele que tenta purificar-se, é concedida a assistência Divina” (Shabat 104a).
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