Do Irã para Israel

Muitas histórias mostram que as dificuldades verdadeiras na vida de uma pessoa são somente falhas em sua emuná. Aqui está uma delas, sobre alguém que veio me ver em Israel, vindo especialmente do Irã. Com tremenda emoção, ele me contou esta história em uma de minhas palestras, enquanto um dos meus alunos, que falava o idioma persa, a traduzia:

Este homem era um judeu próspero negociante de imóveis no Irã, que perdeu seus bens e se tornou terrivelmente deprimido. Ele estava afundado em dívidas. Seu tio, que vive em Israel, enviou-lhe uma cópia em persa do livro “O Jardim da Emuná”. Ele o leu com toda atenção e passou a colocar em prática suas lições em seu dia a dia. Entre outras coisas, ele começou a agradecer a Hashem.

Em “O Jardim da Emuná”, escrevemos que todos que devotam uma hora por dia em orações pessoais por quarenta dias consecutivos, certamente verão salvações. Ele o fez, falando com Hashem em seu próprio idioma, o persa, e no seu dialeto local. Nós também escrevemos que, muitas vezes, a pessoa vê salvações antes de os quarenta dias terminarem. Ele chegou ao décimo quarto dia, mas nada havia acontecido ainda…

A má-inclinação o bombardeou com dúvida, desencorajamento e desapontamento. Ele a superou e continuou a rezar. O vigésimo e o trigésimo dia chegaram, mas, ainda, não havia qualquer mudança em suas condições. Finalmente, ele chegou ao trigésimo nono dia…

De repente, ele recebeu um telefonema de sua mãe. Este homem havia desligado seu celular, porque todos os seus credores estavam atrás dele. Sua mãe telefonou para sua casa e disse a ele que alguém o estava procurando, mas não tinha sido capaz de fazer contato. O sujeito queria fazer um importante negócio com ele…

Ele disse à sua mãe para que a pessoa ligasse para ele em casa.

Era a tarde do trigésimo nono dia. O indivíduo ligou e ofereceu um negócio que não apenas poderia capacitá-lo a pagar metade de suas dívidas, mas também o reergueria.

O iraniano contou, “Naquele momento, eu fiquei muito envergonhado por todas as vezes em que duvidei de Hashem e me desanimei.”

Ele fez um segundo e um terceiro ciclo de quarenta dias consecutivos de oração pessoal e viu ainda mais milagres.

Ele rezou para ser capaz de vir a Israel para que pudesse me encontrar, me agradecer e me contar sua história. Finalmente, ele veio a Israel pela Turquia. Em Israel, ele se encontrou com um dos meus alunos, que o trouxe para minha palestra, onde ele contou, pessoalmente, sua história incrível.

Você pode imaginar o risco que esse homem correu? Israel e Irã não têm relações diplomáticas! Ele se arriscou somente para vir até aqui, beijar minha mão e ganhar uma bênção! Em 48 horas, ele fez a tortuosa viagem de volta ao Irã pela Turquia.

Esta é somente uma das muitas histórias. Nós notamos mais e mais como uma pessoa que fortalece sua emuná e começa a agradecer a Hashem vê salvações milagrosas. Os problemas evaporam! Acontece que seu único obstáculo era a falta de emuná.

Uma pessoa me perguntou quando Mashiach chegaria. Eu disse a ela que precisamos de Mashiach para revelar e anunciar o reino de Hashem, e não para nosso próprio benefício. Não é tarefa de Mashiach resolver nossos problemas pessoais. De fato, quando nós aprendermos o que fazer com nossos problemas, Mashiach virá. Uma vez que entendemos o que é emuná, nossos problemas desaparecem. Lembre-se do dito popular: Não diga a Hashem que você tem problemas, diga a seus problemas que você tem Hashem…

Apesar disso, sempre é bom falar a Hashem sobre nossos problemas. Mas, não de uma maneira que pareça choro e lamento, pois isso não é emuná, mas o oposto. Em vez disso, por que não dizer a si mesmo que, não importa o que, você tem Hashem e Ele faz tudo para o melhor? Assim, agradeça a Ele! Uma vez que o faça, você ganha uma injeção de força e encorajamento – nada mais assusta você. Diga ‘obrigado’ e veja milagres. Hashem está sempre com você; quanto mais forte sua emuná, mais você sentirá que Hashem está bem aqui, com você!

-Texto copiado do livro especial do Rav Shalom Arush, O Jardim dos Milagres.